Hoje não é raro você encontrar pessoas que muito facilmente colocam dinheiro acima de vidas, especialmente vidas humanas. Ou seja, tentam por preço no que não pode ser precificado. Mas é o que ocorre direta, ou indiretamente. Aos olhos de seres dotados de moral inferior, vidas valem pouco, ou nada. Para exemplificar isso, é só observar como as pessoas morrem às dezenas de milhares todos os anos neste país. A corrupção e seus ramos matam mais brasileiros que qualquer país envolvido em guerra aberta.
A coisificação do ser humano segue alimentada por todo tipo de alienação proporcionada por doutrinação nas escolas, entretenimento vazio, e todo e qualquer artifício que vise limitar a inteligencia, limitar o pensamento crítico. Para observar tais fenômenos, basta um simples exame no que as pessoas falam, nas músicas que escutam, e a maneira como relativizam tudo, especialmente o valor da vida.
As centenas de famílias em Mariana, ainda sofrem os efeitos da tragédia da barragem. Para quem espera, o tempo pode ser uma lâmina que corta lentamente. Cada dia parece uma eternidade. E assim é a realidade de quem perdeu. Especialmente quem perdeu entes queridos. Para estes, nem bilhões são capazes de preencher o vazio na alma. Em Mariana, nos dias de hoje. O povo ainda espera o mínimo reparo para ter uma vida digna.
Anos se passaram, houve promessas de mais cuidado, atenção para com o meio ambiente e as pessoas. O vazio de tais promessas reflete o vazio que a população de Brumadinho têm no coração. A tragédia se repetiu. As mesmas promessas foram feitas. A história se repete. No entanto, essas e outras histórias podem ter finais diferentes. Tudo depende da moral do povo brasileiro.
O caso Pavesi… essa é a triste história de um pai que luta por justiça. Sua criança morreu e teve seus os órgãos doados de forma obscura. De acordo Pavesi, retiraram os órgãos do seu filho enquanto estava vivo. De lá para cá, Paulo Pavesi fez várias denúncias sobre tráfico de órgãos. São mais de 10 anos esperando e lutando por justiça. Mais de 10 anos denunciando. O mesmo foi forçado a deixar o país. A luta desse brasileiro não é mais só dele. Mas de todos que querem um país, onde a vida e a liberdade sejam respeitados. Para conhecer essa história, acesse os links no final. Lembrem-se, situações como essa, ocorrem todos os dias. Para a vergonha do Brasil.
O que há em comum nos três casos citados acima? O que torna casos tão diferentes, semelhantes? O desprezo pela vida, o descaso. Morte de pessoas sendo tratadas como se fossem nada, nos melhores cenários equivalendo as mesmas a mercadorias. Ou objeto de interesse.
A vida humana é sagrada. Não possui preço. Mas, para doutrinas espúrias, as pessoas valem menos que um cachorro. Valem menos que uma roupa, um carro. Há quem deseje a redução de pessoas no mundo, quando só bastaria o fim da corrupção para que todos fossem prósperos.
O povo brasileiro está atrofiado moralmente, fruto de décadas de doutrinação, imbecilização, glorificação do errado e escarnecimento do que é certo. O justos são ridicularizados por imbecis, que chafurdam na ignorância, e corrupção. O mais triste, é que tais indivíduos se acham inteligentes, acima da média, do alto dos seus cargos arranjados zombam, são quase os mais baixos de todos, quase os piores.
No Brasil existe uma conversa que, médico não pode denunciar médico, os que se portam assim, são tão assassinos quanto. A limpeza da roupa não é suficiente para ocultar a imundice da alma. Existe empresas e setores que se colocam como mais valiosas centenas de vidas humanas atingidas diretamente e milhões indiretamente.
O povo brasileiro têm o poderde mudar essa realidade. Basta abraçar o que é certo. Não relativizar. Se reunir e determinar que a justiça seja feita nos casos acima e em muitos outros. É uma questão moral. Que fique claro, nada é mais valioso que a vida humana e a liberdade.
Façam um exercício de empatia. Fechem seus os olhos, se coloquem no lugar dessas pessoas. Tentem sentir o que elas passaram e passam. Se depois disso, vocês não se movimentarem, saibam que são parte do problema.
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