O suicídio ao contrário do que as pessoas pensam, é algo difícil, dolorido de ser realizado. Se pararmos para pensar, abrir mão da própria vida, é um parto com dor excruciante. A pessoa se despede da existência e da presença de todos, deixando para trás um vazio no coração dos que a conheciam. A pessoa que toma esse tipo de decisão, acredita que não encontrará socorro em nenhum outro lugar, é como se a vida não tivesse mais sentido, uma simples e penosa ausência de razão para viver.
Nos últimos tempos, tenho observado uma frequência incômoda de pessoas tirando suas próprias vidas, abrindo mão da própria existência de forma grave. Muitos jovens. A maioria faz isso por acreditar estarem sozinhos e abandonados em um mundo cinza, doente e cruel. Essas pessoas acreditam não serem amadas de nenhuma forma. A tristeza disso é impossível de colocar em palavras.
Quando tentamos entender o que se passa com essas pessoas, enxergar o mundo através dos seus olhos, temos a noção limitada do que é viver em um vazio, viver abandonado pela felicidade, e outros sentimentos que nos dão o prazer de existir. Quando a pessoa se encontra nessa situação, ela não encontra nenhuma razão para existir ou lutar. Logo após isso, se ela tem seus sentimentos machucados de forma profunda, começa a fazer comparação entre a dor de viver e a dor de morrer. Por isso que é importante não sermos precipitados em julgamentos. Por trás de um rosto sorridente pode se esconder uma pessoa sofrida, cansada, com todo tipo de ferimento na alma.
Antes de você pensar em tirar sua própria vida!
Antes de abrir mão de sua existência, é importante que você enxergue a realidade de sua vida. Você é amado e apenas não sabe. Você é querido, só que as pessoas por timidez, medo, não contam isso a você. Há pessoas que te admiram, que em determinados momentos queriam ser você, ou mesmo ter a sua vida. Elas te respeitam, porém conservam a distância por medo de rejeição, ou qualquer outro tipo de receio.
Toda a vida é possível através da luz. A vida em si, é uma existência complexa, rica. Tal existência não deve ser vista como algo diminuto. A existência jamais deve ser vista como algo insignificante e sem valor. Há àqueles que se sentem insignificantes com relação tamanho do universo, porém, isso é um equívoco. No que tange a convivência, você é insubstituível. Vamos supor que você tenha um animal de estimação que foi muito importante na sua vida. O pequeno morre, o que você trocaria para trazer esse animalzinho de volta para viver ao seu lado por mais de 20 anos? Ou seja, no micro círculo, aquela pequena vida é insubstituível. Quem dirá um filho, uma mãe, irmão, pai, cônjuge, amigo, um ser humano.
Antes de abrir mão de sua própria vida, tente estudar a si mesmo, tente compreender o seu papel nesse mundo, a razão pela qual você gostaria de existir. Atividades que preencham sua alma.
Em nenhum momento eu vou lhes dizer que esse caminho é um caminho fácil. Porém, conhecendo a si mesmo sempre terá um motivo para se levantar de novo. Seja para lutar por si mesmo, ou pelos outros.
